Câncer colorretal – Como descobrir

O câncer colorretal é o nome da neoplasia que se desenvolve no intestino grosso ou no reto. É um dos tipos de câncer mais comuns e prevalentes, principalmente nas pessoas acima de 50 anos de idade. Felizmente ela é facilmente detectável, basta a realização de exames certos no momento ideal para a prevenção ou diagnóstico precoce.

Rastreamento é quando realizamos exames em uma população de pessoas assintomática, com o objetivo de diagnosticar doenças antes que elas causem sintomas, ou seja, mais precocemente. No âmbito dos tumores colorretais, o exame mais utilizado é a colonoscopia.

A colonoscopia é um exame indolor, feito sob sedação, após um preparo de cólon (parte mais chata do procedimento), onde há a necessidade do uso de laxantes para a limpeza do intestino por dentro e assim possibilitando a sua visualização pelo aparelho. Uma câmera é introduzida no intestino através do ânus e permite a análise de todo o intestino grosso e reto, e a parte mais final do intestino delgado.

Neste exame é possível a visualização de alterações nessas partes do intestino, possibilita também uma avaliação da extensão da doença, risco de obstrução do intestino pelo tumor e no mesmo ato já é feita a biópsia para diagnóstico definitivo.

Além disso, a colonoscopia também consegue dar o diagnóstico e fazer o tratamento de pólipos intestinais, removendo-os. Estes têm aspecto de “verrugas” dentro do intestino e são fatores de risco para o desenvolvimento de câncer colorretal. Alguns tipos de pólipos podem se tornar tumores após anos de desenvolvimento.

Por esses motivos, a colonoscopia é um exame de rastreio, indicada para todas as pessoas a partir dos 45 anos de idade, sendo repetida a cada 5 anos e podendo ter o seu início antecipado ou periodicidade menor caso necessário, de acordo com avaliação caso-a-caso (sintomas, histórico familiar, etc…)

Quando não é possível a realização de colonoscopia por condições clínicas (não tolera o preparo) ou anatômicas do paciente (aparelho não conseguiu passar por alguma angulação fixa do intestino), existe a possibilidade da realização de outros exames, como: colonografia virtual, pesquisa de sangue oculto nas fezes, entre outros.

Caso não seja realizada a colonoscopia de rastreio, a pessoa pode desenvolver tumores mais avançados e evoluir com sintomas, principalmente sangramento nas fezes ou obstrução intestinal. O ideal é diagnosticar os tumores de maneira mais precoce, antes que isso ocorra ou que causem qualquer sintomas.