Você sabia que existe tumor no intestino delgado? Leia e saiba mais…
Tumores malignos no intestino delgado são muito raros, correspondendo a apenas 1-6% das neoplasias do trato gastrointestinal.
A maioria dos tumores achados no intestino delgado são benignos e assintomáticos, ou seja, não causam nenhum dano ou sintoma ao portador.
Os tumores malignos, por sua vez, tendem a causar sintomas em sua maioria. Como o intestino delgado é fino, existe a possibilidade de obstrução dele pelo tumor, o paciente passa a sentir cólicas, distensão abdominal, vômitos e/ou parada da eliminação de gazes ou fezes. O intestino delgado também é muito vascularizado, podendo o tumor ser uma causa de sangramento que sai nas fezes com a cor escura (melena) ou vermelho vivo.
Outros sintomas importantes que podem ocorrer são:
• Dor abdominal;
• Perda de apetite;
• Perda de peso;
• Fadiga;
• Anemia.
• Adenocarcinoma – É o tipo mais comum de tumor em todo o trato gastrointestinal, se desenvolve nas células glandulares do intestino delgado, tem alto potencial para disseminação e metástases;
• Tumores Carcinoides – Se desenvolve nas células produtoras de hormônios que revestem a parte interna do intestino delgado – podem secretar hormônios que geram a chamada síndrome carcinoide podendo causar diarreia e rubor facial (entre outros sintomas);
• Leiomiossarcoma / GIST – São tumores estromais que se desenvolve na parede do intestino delgado, com origem nas células da musculatura que fazem a peristalse do intestino;
• Linfoma – Tumor da origem hematológica, pode ocorrer em qualquer parte do corpo, os sintomas são inespecíficos, por isso eventualmente pode ser confundido com doenças inflamatórias intestinais.
A avaliação endoscópica do intestino delgado é bastante dificultada pela sua localização e anatomia. É de bastante fácil acesso e bem conhecida a endoscopia digestiva alta que avalia o estômago e duodeno (primeira porção do intestino delgado com aprox. 25cm) e a colonoscopia que avalia o intestino grosso e o 10-15cm do íleo terminal (parte final do intestino delgado). Porém a maior parte do intestino delgado (aprox. 4-6 metros) não é avaliada por esses exames.
Existem exames endoscópicos específicos para o intestino delgado como a enteroscopia de duplo balão que já consegue fazer a biópsia no mesmo momento, e a cápsula endoscópica. Exames de imagem também ajudam no diagnóstico, como tomografia ou raio-x com contraste.
Pela dificuldade de diagnóstico, a maioria dos tumores são realmente diagnosticados por algum sintoma ou complicação aguda, ou acidentalmente em uma cirurgia abdominal por outro motivo.
O tratamento mais indicado é a cirurgia oncológica para a remoção do tumor. Mesmo em casos mais avançados, é indicada a remoção do tumor pelo risco de obstrução do intestine. A quimioterapia pode ser indicada em alguns casos após o procedimento cirúrgico.
É muito importante se prevenir, realizar consultas e exames de rotina, e ao menor sinal de anormalidade, procure ajuda médica imediatamente.